quinta-feira, 4 de julho de 2013

Hoje dia 04... Um dia de luto para toda família do amado Hércules.

A vida nos pregou uma peça terrível em nos arrancar de forma brutal e cruel o nosso Hercules. Passaram-se tantos dias meses e próximo de completar dois anos de sua partida... Ainda sentimos o amargor, a dor e todo sentimento de revolta que sentimos no dia 04 de agosto de 2011. Aquele dia por mais que desejamos, não conseguimos apagar de nossas memórias.
A injustiça,(... )A impunidade que perdura é cruel...

Mas a nossa FÉ de que tudo será resolvido e de que a JUSTIÇA será feita não é abalada, nem mesmo pelo desmandes daqueles que o crime cometeu.
Para nós restou apenas o SILÊNCIO, a SAUDADE, a DOR, a ANGUSTIA e o SOFRIMENTO de não tê-lo aqui conosco.
A sua ausência é tamanha que dilacera nossos corações, nos tornando frágeis diante de tanta impunidade.
Todos os meses, o dia 4 é um dia de muita tristeza e reflexão sobre o que aconteceu.
Nós vivemos em busca de respostas para tamanha crueldade, vivemos em busca para respostas do porque de tanta omissão e permissividade da justiça com relação a esse caso aqui em Feira de Santana-BA.
Pedimos todos os dias ao Deus criador para que nos dê forças e nos ajude a superar essa tragédia que atingiu a nossa família.
Hercules Araujo Lima, 29 anos foi encontrado carbonizado no interior de um carro, no dia 04 de agosto de 2011, no distrito de Maria Quitéria -BA.

No dia 07 de novembro de 2011, o Departamento de Polícia Técnica (DPT), liberou os corpos das três vitima da chacina, ocorrida no dia 4 de Agosto, de 2011, na localidade conhecida como Fazenda Mocó, no distrito de Maria Quitéria. Os corpos foram identificados, através de Exames de DNA feito pelo DPT de Salvador.

As vitima foram identificadas como: Hercules Araujo Lima, 29 anos e os irmãos Garcia Caboclo Junior, 23 anos e Jonilson do Nascimento Caboclo, 21 anos. Hercules residia, no bairro Jardim Cruzeiro, enquanto, os dois irmãos residiam na Gabriela.

Daniela Lima, irmã de Hercules, afirmou para reportagem que, a primeira etapa, os familiares conseguiram, para que fizesse o DNA, e os mesmos pudessem sepultar a vitima, como todos são sepultados. “Ainda, não conseguimos encontrar uma explicação, pois, Hercules era trabalhador e nunca teve envolvimento com coisas ilícitas. Aguardamos que o Serviço de Investigação da 2ª Delegacia investigue e chegue aos responsáveis pelo esse crime bárbaro”.

“Esses três meses de espera, para identificação dos corpos, ficamos indignados. Pois, foi muito dolorido e traumatizante”. Contou Daniela. Familiares dos dois irmãos compareceram ao DPT, e informaram que não sabem os motivos que levassem a esse fim.
Completou um ano e oito meses que o Hercules foi cruelmente assassinado.
Fico tão arrasada, pois desde o dia do crime nada foi esclarecido e nem uma posição foi dada a família. Estamos lutando por justiça desde então. Fomos ao Ministério publico no dia 13 de fevereiro de 2012 fazer um relato e registrar uma queixa, vale ressaltar que já havíamos ido muitas e muitas vezes antes e nunca fomos atendidos, apenas uma única vez que o Dr. Promotor Claudio Gener nos recebeu e nos orientou que era melhor não registrar nenhuma queixa, pois, íamos correr risco de vida. No dia 13 de fevereiro de 2012 fomos, atendido por um rapaz por nome Gilney Tanan Santana, assistente técnico do Ministério Publico. Segundo a declaração dele foi registrada a nossa queixa e que de imediato seria tomada todas as providencias necessárias. A primeira Promotora responsável foi a Dr. Luciana Isabela Moreira, que nunca nos recebeu e deu entrada numa atividade de controle externa que ate o presente momento não foi dado nenhum feed back. Logo depois ela saiu do caso e entrou a Dr. Andrea Lemos Fontoura que também nunca nos recebeu. Sempre que vamos lá ela nunca se encontra já ate nos disseram que ela é apenas substituta e de outra comarca, por isso não nos recebe. Acho tudo muito estranho.
Bom eu quero aqui esclarecer algumas coisas em relação a minha luta e pedir ajuda.
Fomos a OAB de Feira de Santana e fomos encaminhados a um escritório de advocacia, dai o advogado que nos atendeu e estudou o caso, nos disse que não poderia pegar o caso, pois se tratava de um crime cometido por policiais e ele não estava preparado para enfrentar tal situação. No inicio fomo a Ouvidoria do estado da Bahia e falamos com e Dr. Edmundo Assemani, ouvidor geral do estado e ele nos orientou em muitos aspectos, mas nos disse que não teria como disponibilizar segurança 24 horas para nossa família.
A dor é a cada dia maior, a tristeza também e a sensação de injustiça e insegurança nos assola.
 Como viver bem e em paz, sabendo que até o momento nada absolutamente nada foi realizado em nível de investigação de elucidação do caso? O que dizer do trabalho realizado pela Policia Civil com seus investigadores, e do Departamento de Polícia Técnica (DPT) com seus peritos que deixam a desejar quando o assunto é trabalho? Gostaríamos de saber quais são os critérios utilizados para a seleção desses profissionais que ENVERGONHAM essa classe trabalhadora.
Relembrando o caso:
No dia 04 de agosto de 2011 numa quinta feira a tarde o nosso Hercules foi assassinado em plena luz do dia num triplo homicídio tendo o seu corpo e o carro da família carbonizados, crime que foi praticado nas proximidades do bairro Campo do Gado na estrada da Fazenda Mocó. Até hoje nenhuma investigação foi feita para nos dar alguma explicação ao fato ocorrido. Segundo o Delegado Madson Sampaio da 2ª Delegacia responsável pelo caso, pouco ele como Delegado pode fazer por conta da demora e da falta de profissionalismo do DPT, que não envia uma perícia conclusiva e eficaz, informando de que forma ele foi assassinado, se foi ou não queimado vivo, em quais circunstâncias foi realizada a perícia no local do crime, já apresentaram o exame de DNA, mas que ainda nos causa dúvidas de que realmente foi realizado, o Delegado apenas nos mostrou uns papeis sem senhuma certificação tipo laboratorial ou coisa do tipo. No dia 7 de novembro de 2011 os restos mortais do Hercules foi liberado pelo DPT de forma totalmente confusa, pois naquele dia disseram que o tal exame de DNA havia chegado e que havia identificado o corpo. Mas para nós familiares nada nos foi apresentado de fato e não foi entregue nenhum exame para nós comprovando que aqueles restos mortais seriam mesmo do Hercules.
Outro detalhe que nos chama muito a atenção é o Atestado de óbito. Como um médico legista que pega um corpo carbonizado, faz a necropsia e da o resultado de morte inderteminada? Esse é o médico Ednei Cesar Amaral Chagas CRM 14083 médico ginecológico e obstetra, que está atuando recentemente aqui no DPT de Feira de Santana, pois passou em um concurso realizado em 2009 e assumiu seu cargo em 2010. Ele assinou a guia de Declaração de Óbito 17645845-0 no dia 04/11/2011, declarando a morte como inderteminada. Num caso de morte indeterminada só pode ser determinada num Atestado de Óbito quando o paciente é hospitalizado e morre sem uma causa específica dentro da medicina acredito diante de pesquisas que fiz. Então caros ouvintes como podemos entender esse trabalho realizado pelo DPT e por seus profissionais? Cadê o raio X dos corpos que foram encaminhados no dia 05/08/2011 para o Nina Rodrigues em Salvador para ser realizado? Qual o resultado desse exame de Raio X? Foram mortos antes ou depois da carbonização? E as balas encontradas dentro do veículo? Qual a explicação para esse fato? Cadê os restos de roupas e pertences das vítimas? Se nós familiares encontramos restos no veículo com certeza a perícia deve ter encontrado também.
A partir de hoje a nossa luta retorna com força total por JUSTIÇA!!!!
Esse laudo é uma verdadeira vergonha para a Polícia Técnica.
Geralmente se conta os dias quando alguém nasce..., e todo mês é motivo para comemoração. Quanto a nossa família o caso está sendo diferente. Ai ficam questionamentos para nós...
O que aconteceu? Porque mataram o Hercules? Quem e qual o motivo?... Esses são questionamentos que de fato não conseguimos entender, nem se quer mensurar o que teria levado alguém cometer tamanha brutalidade.
A nossa família tem vivido dias de terror e tensão. Em primeiro lugar entregamos tudo nas Mãos de Deus, e depois confiamos na eficiência e no trabalho do Delegado Madson Sampaio da 2ª Delegacia, que está responsável pelo caso. Nós familiares já demos entrada no MP Ministério Publico.
O caso já se encontra em andamento no MP Ministério Publico com o número de SIMP: 596-0-189718/2012. A promotora responsável pelo caso é a Andréa Lemos Fontoura, que nunca nos recebeu. Nós aqui sempre vamos ao MP Ministério Publico quase que constantemente, mas nunca conseguimos conversar com essa promotora que já é a segunda a assumir o caso. Conforme documento registrado no dia 13 de fevereiro de 2012, nada do que foi pedido ao MP Ministério Publico, foi atendido até hoje.  Em todos os lugares que se vai os comentários são sempre os mesmo, que quem praticou o crime foram policiais.(Quem são esses policiais? Quem realmente viu? Porque ninguém se manifesta e a cada dia que passa todos se recolhem com medo?). Daí nós familiares questionamos: “Será que foi por isso que eu e minha família sofreu ameaçadas dadas pelo Policial Civil Alexsandro Porto Lima mais conhecido como Alex PC?”( No dia seguinte ao crime na sexta feira a noite dia 05 de agosto de 2011, mais ou menos por volta das 19 horas, as palavras ditas pelo Policial Civil Alex PC: "Assim como morreram três... Morrem quatro... Morrem cinco... Feira de Santana tá tão violenta quanto Pernambuco... Quem fala demais dá bom dia a cavalo e como capim pela raiz... E vocês duvidam, ou não tem medo de homens encapuzados venham invadir a casa e destruir tudo?...” . E essas palavras foram ditas pelo Policial Alex PC por conta dessas fotos que foram veiculadas em todos os sites e jornais (ele ficou extremaente nervoso e perguntou como tinhamos conseguido aquelas fotos??? e respondemos esta em todos os sites). E naquele momento, estávamos aqui em nossa casa com amigos e familiares tentando entender o que aconteceu e até mesmo reconhecer de alguma forma o Hercules entre aqueles restos mortais.
Com todos esses acontecimentos ficamos com tantas dúvidas: "Será que é por isso que o chefe de SI Fernando Rodrigues se manteve invisível aos meus olhos durante um ano e seis meses na faculdade onde estudo? (Pois ele, o Fernando Rodrigues cursa direito no 6º Semestre também na mesma faculdade)”. Quando eu o vi no primeiro dia de aula desse semestre, eu nem acreditei ... Inclusive só vim saber quem de fato ele era através da acareação realizada na delegacia no dia 30 de janeiro de 2013 as 10 da manhã. Fiquei me perguntando: "Porque ele nunca me procurou? Porque ele nunca falou comigo aqui na faculdade?" Uma semana depois eu o chamei para uma conversa e nessa conversa que tive com o Fernando na Faculdade onde estudo, ele me informou que quem mandou o Alex PC em nossa casa tinha sido ele, para... (eu não entendi o que)... Mas ele me disse que tudo o que eu falei sobre as ameaças do Alex PC, que ele não acreditava numa só palavra, e que eu era desequilibrada. Mas que era muito normal e comum esse tipo de conversa de um policial para com famílias vitimas de violência, e que não havia nada demais. O que o policial Alex PC queria nos dizer era: “Para a gente ouvir mais e falar menos”. Durante a nossa conversa eu percebi o Fernando  muito nervoso, muito tenso e atropelava minhas palavras.
Com todos esses acontecimentos, nós ficamos imaginando como eles ao invés de nos ajudar, de nos dar segurança se tornam ameaças. O mais interessante de tudo isso é que esse ano vai ter o concurso do estado da Bahia na área de Policia Civil... Concurso para Delegados, Investigadores e Escrivães. E lógico que o Fernando Rodrigues, Chefe do SI ainda que cursando o 6º semestre vai fazer o concurso para delegado.
Agora vem o questionamento:”Ele ainda está cursando e nem terminou o curso, nem se quer tem a carteira da OAB, como ele vai assumir a função de Delegado se há a necessidade de ser formado e de ter a OAB? Será que ele tem preparação para ser um bom delegado?" Bom nada do que for feito vai trazer o nosso Hercules de volta, mas o que mais dói é saber que os criminosos estão a solta e impunes. E o pior é que a cada dia que se passa vemos o quão a nossa segurança não existe. E a Secretaria de Segurança Publica? onde está? Que nada faz em relação a tantos crimes acontecidos aqui em Feira de Santana? E a nossa população parece estar adormecida. Acorda Feira!!! Acorda!!! Nós aqui não somos as únicas vítimas dessa impunidade e violência.
O que queremos com a nossa luta não é apenas a justiça em relação ao Hercules, mas se melhorar o atendimento no DPT, que tratam as famílias que perdem seus entes, como animais e se for de classe menos favorecida então nossa ai a coisa ainda é pior, então se melhorar o atendimento, tiver um psicólogo de plantão, pessoas treinadas para dar conforto num momento tão difícil como um momento de perda, para nós já é um grande ganho em nossa luta.
Se a policia sofrer modificações e melhorar a qualidade também é um ganho positivo em nossa luta. Então aqui nós não lutamos apenas por Hercules, mas sim por todas as famílias que tiveram seus filhos, pais, irmãos primos assassinado e sem muita explicação. Nóa queremos Justiça e tenho Fé em deus que vamos alcançar.
IMPOTÊNCIA... é o que eu sinto todos os dias desde que meu filho Hercules Araujo Lima foi arrancado brutalmente de nós. Tentei de diversas formas lutar contra tudo e contra todos, em busca de uma justiça, que me fizeram acreditar que existia. O pior de tudo isso foi que eu infelizmente tive que me curvar diante das autoridades responsáveis pelo caso, que se julgam acima do bem do mal, como se fossem inatingíveis, aproveitando-se da minha fragilidade e dor, do meu maior sofrimento de mãe, para me convencer a passar informações adquiridas com investigações particulares realizadas pela família, pois a polícia responsável pelo caso nunca se deu o préstimo de investigar, e ai descobri da pior forma possível que esses indivíduos que representam a tal justiça e proteção ao cidadão, é uma corja toda apodrecida sem nenhum crédito. Infelizmente descobri também que os Direitos Humanos, não são Direitos Humanos, pois assistimos todos os dias a violência tomar conta de nossas vidas, dai eu pergunto: "O que somos se não HUMANOS?".
Além de da impotência que toma conta de mim e de meu coração sofrido e amargurado, sinto nojo dessa JUSTIÇA que se diz ser cheia de leis, que ampara quem precisa. ONDE ESTÁ ESSA JUSTIÇA??? Cadê essas LEIS???
E a vida de meu filho... O que vale?

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